Autora: Sonia Fernández-Vidal lido e postado em 2017Laila terminou o ensino médio e, enquanto decide que carreira seguir, consegue um emprego como garçonete no CERN, um dos centros de pesquisa nucelar mais avançados do mundo. Cercada de “nerds” por todos os lados, a protagonista de Quantic Love – O romance que resolve a equação do amor vai descobrir que a ciência pode ser sexy e que o amor é a energia mais poderosa do universo. Uma das mais importantes escritoras de divulgação da ciência em língua espanhola e bestseller em seu país, Sonia Fernández-Vidal constrói uma história de amor para jovens que mostra o lado humano da ciência. Confesso que o livro me decepcionou bastante. Em 2015, li um infantil da mesma autora chamado “A porta dos três trincos” que é, simplesmente, fascinante. Pensei que esse seria da mesma forma, mas não foi. O começo é bem interessante. Laila fala sobre a sua família, o seu sonho de fazer faculdade e que o trabalho poderia ser a porta de entrada pra tudo isso. As cartas que ela escreve ao pai também são excelentes. Às vezes o futuro sussurra algo em nosso ouvido por um breve instante. Alguns chamam isso de premonição; outros, de intuição. Eu sei apenas que quando entrei naquele avião soube que tudo ia mudar. A Laila que deixava Sevilha com destino à Suíça não voltaria jamais.” Só que, do meio para o final, se torna apenas uma história totalmente mundana de sexo, drogas, vícios e relacionamentos sem compromisso. Laila se divide entre dois amores, mas sempre sabemos de qual ela gosta de verdade. O mistério em relação a Brian também não emplaca nem um pouco. Outra coisa que me incomodou bastante foram todas as referências ocultistas. Até em Shambalah ela chega a falar. Quando ela conta do CERN que é um projeto transnacional e fala que isso é pra evitar coisas erradas é um pouco suspeito porque aquilo lá é meio estranho, preocupante e pode ser não totalmente do bem. Quem quiser, é só pesquisar o ritual de abertura que fizeram lá que foi cheio de referências satanistas e ocultistas. No começo do livro há um personagem que ajuda bastante e parece que será de grande importância, mas, simplesmente, desaparece e a coisa fica totalmente no ar...
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Autora: Marcela Mariz lido e postado em 2017Albert tem 15 anos e acaba de receber um convite que pode transformar sua vida e de sua família para sempre: a chance de pertencer a uma sociedade avançada que só é revelada a um grupo especial de pessoas escolhidas.
Com a perspectiva de viver melhor, seus pais e sua irmã gêmea Ruth mergulham em um novo e empolgante mundo, em que a tecnologia extremamente desenvolvida torna tudo mais fácil e divertido, ao mesmo tempo em que o contato com a natureza preenche os dias com paz e tranquilidade. Porém, uma série de acontecimentos inusitados os faz desconfiar que há algo de estranho por trás daquele local aparentemente perfeito, de justiça e liberdade. Após receber ameaças, a família é arrastada para o centro de um escândalo, com séries acusações, tornando seu destino incerto, perigoso e obscuro. E muito longe do local que costumavam chamar de casa. O livro começa quando Albert tem um sonho com tsunami e um homem falando sobre Gaia. Pouco tempo depois, a família dele recebe a visita de Julius que diz ser de um planeta com esse nome e que eles foram escolhidos para ir morar lá. No começo, dá tudo certo e apenas o pai de Albert (Victor) não gosta porque lá é totalmente esotérico e ele é cientista. Ao longo do livro descobrimos que esse planeta são os sobreviventes de Atlântida que conseguiram se refugiar. Só que Victor e um amigo de outra família escolhida são acusados de roubo e de assassinar o presidente do planeta. As esposas deles resolvem tentar investigar e acabam presas também. Eu gostei da leitura, mas é claramente esotérico e ocultista. Imaginava que descobririam que todo o planeta era maligno e uma farsa e assim seria se fosse seguir a realidade. A parte mais legal e aproveitável é a que explica sobre os três tipos de sonhos: Os de reflexão (coisas do dia a dia), emocional (coisas do passado e subconsciente) e de revelação (mensagens importantes e geralmente são os que mais lembramos). Outro ponto interessante de reflexão é que o mundo perfeito não existe porque a natureza humana é naturalmente depravada, seja na terra ou em outro planeta (se isso fosse possível). Apenas Jesus pode nos curar disso quando reconhecemos que somos pecadores e precisamos que Ele nos salve. Ainda assim, nesse mundo continuamos sendo pecadores em busca de santidade e só seremos todos perfeitos depois da glorificação quando Jesus voltar. Interessei-me em comprar o livro porque a autora diz que se inspirou um sonho para escrever. Segue o relato dela ao site IG: “Quando eu tinha 16 anos, tive um sonho sobre um garoto insatisfeito com a sua vida, que recebeu um convite intrigante, capaz de trazer a transformação que esperava: a chance de fazer parte de uma sociedade secreta e avançada, que apenas se revela a seletos escolhidos. Na época, eu apenas anotei a ideia, planejando desenvolvê-la no futuro”. Fonte: http://odia.ig.com.br/diversao/2014-04-03/sonho-adolescente-se-transforma-em-livro-os-escolhidos-de-gaia.html O problema é que, provavelmente, ela não entendeu o significado. Eu também tive esse mesmo sonho no começo da adolescência quando sonhava em ser rica e famosa. Isso me serviu de alerta para o que apenas muitos anos depois eu descobri: os bastidores desse mundo da fama. Quem leia entenda! Spoiler: No final, descobrimos que havia um clã chamado “Ogof” que era contra imigração e, por isso, tentavam de tudo pra dificultar a vida dos escolhidos. Com o plano descoberto e os culpados presos, tudo volta ao normal. Autor: Frank Viola LIDO E POSTADO EM 2017Qual é a vontade perfeita de Deus para a sua vida?
Imagine um pátio de estacionamento público, por favor! Observe que um pátio de estacionamento tem limites. Pelos limites ficamos sabendo onde o pátio começa e onde ele termina. Sabemos o que está dentro e fora dele. A beleza do pátio de estacionamento é a liberdade que ele apresenta. Há muitas escolhas dentro dele. Os motoristas podem escolher livremente entre as muitas vagas para estacionar. Desde que uma vaga de estacionamento não esteja ocupada, nem reservada para pessoas especiais, os motoristas podem escolher livremente em qual vaga desejam estacionar o seu carro. Certamente, algumas escolhas podem ser mais sábias do que outras. Se estiver chovendo, provavelmente será mais sábio e mais vantajoso estacionar em uma vaga que esteja perto do edifício, do que naquela que está distante dele. Por outro lado, muitas vagas de estacionamento são igualmente apropriadas. Uma não é melhor do que a outra. Quero investigar o tema da vontade de Deus um pouco mais fundo considerando bem o primeiro mandamento que Deus deu ao homem. Essa foi a primeira vez que Deus revelou a Sua vontade a um ser humano. E creio que ela está cheia de discernimento. Desde quando comecei com o site em 2008, eu apenas fiz resenhas de livros e filmes com conteúdo correto e edificante. Evitei ao máximo o que não trouxe edificação ou o que ensina engano, mas entendo que, hoje, talvez, já tenha maturidade para resenhar o que não recomendo em hipótese alguma ou por ser perda de tempo ou herético mesmo. Eu não queria esse livro. Fiz uma compra em uma livraria virtual e, ao invés de um dos que pedi, enviaram esse. Reclamei e me mandaram o que estava faltando, mas não aceitaram devolução. Então resolvi ler... Confesso que li muitas coisas nesse livro que me deu arrepios de tão absurdas, mas no final não foi tão ruim assim. A leitura é bem agradável, mas perigosa. O autor conta a história hipotética de um rapaz que, na tentativa de descobrir a vontade de Deus, perdeu duas ótimas oportunidades (uma de casamento e outra de emprego) e se frustrou com isso, até que ouviu uma pregação em um rádio. Pregação essa que seria o conteúdo do livro. Ele explica que Deus não tem uma vontade específica para cada pessoa como muitos ensinam. Logicamente, esse é um absurdo porque Deus tem sim. A Bíblia é clara de que seremos julgados para galardão pelo quanto dela cumprirmos em vida. Depois faz uma comparação ridícula de que a vontade de Deus não é uma linha de trem fixa, mas um pátio de estacionamento em que podemos escolher qualquer vaga e tudo isso será absolutamente válido. E, ainda por cima, chega a dizer que buscar a vontade de Deus específica nos faz ser imaturos e que Ele quer nos ensinar a ser independentes. Que absurdo! Se assim fosse Jesus não nos mandaria ser como crianças, cuja principal característica é a inocência e dependência. O autor chega a fazer certa distinção entre vontade soberana (permissiva) e vontade moral de Deus. É assim: Deus mostra sua vontade moral, mas secretamente quer que as pessoas desobedeçam. Entendeu? Nem eu! Isso só existe no calvinismo e no antigo paganismo! A ideia é que tudo o que já aconteceu na história ou já fizemos seria a vontade soberana (ou oculta) de Deus, e a vontade moral ou revelada é aquilo Deus quer, mas nos impede de realizar. “Como você pode conhecer a Vontade Soberana de Deus? Você pode conhecer apenas parte dela se Ele sobrenaturalmente as revelar. Caso contrário, leia um livro de história. Se o livro for exato, você acaba de descobrir a vontade soberana de Deus no passado”. A doutrina calvinista pelo menos é mais coerente. Segundo essa doutrina, não existe vontade permissiva (que a grosso modo é o que Deus permite e não impede por causa do livre arbítrio. Não tem nada a ver com decreto soberano como o autor diz). O calvinismo entende que existe a vontade decretiva ou soberana (o que Deus secretamente quer) e a vontade preceptiva ou moral (o que Ele nos ordena). Seguramente, é isso o que o autor do livro quis ensinar, mas até nisso se confundiu e fez a maior salada mista. O autor, assim como o calvinismo, a grosso modo quer dizer que não precisamos nos preocupar em cumprir o plano de Deus porque se não cumprirmos é porque Deus decretou que não fosse cumprido. Loucura total e extremamente perigoso! Muitos calvinistas, pelo menos, negam as últimas consequências de seu sistema teológico e não agem desse jeito. Ele deveria pelo menos meditar nesse trecho das escrituras: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo”. 1 Coríntios 3:10-15 Só que, mais pra frente, começa a melhorar um pouco porque o autor diz que decisões fora da vontade moral de Deus estão fora do pátio de estacionamento e, por isso, são inválidas, e que a maneira de descobrir a vontade moral é pelas escrituras e o testemunho interior do Espírito Santo. Isso está correto. Depois explica que as decisões não morais devem ser tomadas orando diligentemente por sabedoria. Isso também está certo porque é assim mesmo que podemos confiar que Deus guiará nossas decisões no plano que Ele tem pra cada um de nós. As críticas que o autor faz em relação à sempre esperar por sonhos, profecias, visões... É totalmente válida porque mesmo Deus tendo a vontade específica (o que ele nega) nós seremos guiados a ela aceitando o constante trabalhar do Espírito Santo sem resistir à Graça de Deus. “Como alguém adquire sabedoria para tomar uma decisão não moral? Um caminho é simplesmente consultar o Senhor a respeito dela. Isso não significa que Ele vai dar a você uma espécie de revelação, sinal, ou impressão sobrenatural. A sabedoria envolve o discernimento, envolve o julgamento saudável”. O capítulo final é excelente onde ele explica a diferença entre o cristão de mente fraca, o de mente forte e o legalista. O de mente fraca não tem conhecimento e acredita que tudo é pecado; o de mente forte, por ser mais maduro, consegue não ofender a consciência com coisas básicas; já o legalista criou um padrão de moralidade pra si mesmo e quer obrigar todos a seguir dizendo ser o único correto. Gostei muito porque ano passado (2016) estudamos isso na escola bíblica aqui da igreja. “Há muitas coisas que não são pecaminosas, mas também não são espirituais. Moralmente falando, são neutras aos olhos de Deus”. Quanto à historia da linha do trem e do pátio de estacionamento, creio que a vontade de Deus está mais para um labirinto ou uma escada. Há o caminho direto e perfeito, mas se desviarmos dele, ainda há volta. Com a orientação do Espírito Santo, podemos retornar e se houver boa disposição, de uma forma ou de outra, o que Deus começou será completado. Autora: Madeleine L’Engle lido em 2013 - postado em 2016Pense em um fantástico universo paralelo, onde magia e ficção científica se misturam de forma tão radical que é impossível descobrir onde uma começa e a outra termina. Imagine-se navegando entre mundos incríveis, interagindo com seres improváveis e sinistros, encarando seus maiores medos e defeitos e revelando suas melhores virtudes, mesmo quando tudo parece se voltar contra você...
Os protagonistas desta história, Charles Wallace Murry, um garotinho superdotado, sua geniosa irmã, Meg, e Calvin, um novo e audacioso amigo, estão prontos para enfrentar esse desafio. Curiosos e sonhadores, eles quase sempre são incompreendidos pelos adultos e pelo mundo que os cerca, mas ninguém poderia dizer que tem medo de enfrentar o desconhecido. Guiados por três gentis senhoras que escondem um segredo terrível, eles atravessam o tesserato, uma dobra no tempo, e mergulham seus átomos ionizados numa temerária missão de resgate. O sr. Murry, um famoso cientista, se perdeu num vórtice temporal e foi preso por uma poderosíssima entidade nada bacana, que fará o impossível para prender também as crianças – por toda a eternidade! Eu ouvi falar desse livro em 2010, através de uma pesquisa na internet. Dizia-se que se tratava de uma ficção científica cristã. Eu procurei desde aquela época, mas não encontrei porque estava esgotado na editora evangélica que o publicou há muitos anos. Em 2013, finalmente descobri que uma editora secular havia republicado e, mesmo assim, foi difícil de achar, mas achei depois de muita procura. O livro é excelente e prende muito a atenção. Se não me engano, o li em uns dois ou três dias. Entretanto, é meio perigoso, e não deveria ser recomendado a todos. Claro que ele tem princípios e valores cristãos, mas isso outras obras seculares também tem, especialmente as feitas para crianças. Eu não pude deixar de me identificar porque a personagem principal (Meg) se parece muito comigo. É excêntrica, desprezada, mas é espontânea e autêntica. Diferente do irmão dela, que é um gênio, mas se passa por idiota porque todos acham que, com cinco anos de idade, ele ainda não aprendeu nem a falar porque assim faz questão de demonstrar. Logo no início, eu já gostei porque Meg se lembra de quando o pai dos meninos disse a eles que sabia que eles são mais inteligentes e capazes do que os ditos bem ajustados e normais. A mãe dela também diz: “Você é franca demais pra fingir ser o que não é” Como eu disse, o livro tem muitas referências bíblicas e ensinamentos importantes, sendo o principal deles de que devemos ser quem nós somos e não quem a sociedade quer que sejamos porque ela pode ser (e é) manipulada pelas forças do mal, que no livro é referida como “das sombras” e biblicamente sabemos que são demoníacas. “Estamos cientes de que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno” 1ª João 5. 9 As crianças vão parar em um planeta manipulado por uma entidade que se auto denomina “ele”. O objetivo desse ser é tornar a todos iguais pra que possam ser manipulados. Essa entidade consegue isso quando a pessoa deixa de resistir e se entrega à sua total influência. Uma vez obtido o controle, a forma de se quebrá-lo é através do amor. O amor ágape, incondicional, que Jesus demonstrou e nos ensina a demonstrar também. Amor esse que o diabo e os demônios jamais poderão entender porque eles não têm capacidade de amar. “Nisto conhecemos todo o significado do amor: Cristo deu a sua vida por nós e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos”. 1ª João 3. 16 Entretanto, os pontos que podem ser perigosos são: 1 É citado para as crianças sobre os combatentes da sombra (demônios), que a maioria veio do planeta terra. Em Cristo, podemos sim vencer o mal (e acredito que até mesmo os que não O conheceram, mas seguiram a Lei interior explicada em Romanos 2). O problema é que a autora coloca Jesus no mesmo nível dos humanos citados. 2 O livro é repleto de criaturas alienígenas que são neutras, ou seja, nem do bem e nem do mal. Na verdade, eles chegam a dizer que não fazem o mal, mas não estão nem aí pra terra. E bem sabemos que “alienígenas” (que não são da terra) ou são anjos ou são demônios e anjos jamais agiriam dessa forma. Outros, o livro dá a entender mesmo que são anjos, mas anjos da forma que mostram são absurdamente estranhos. Isso é extremamente perigoso porque pode colaborar com a operação do erro (os ET’s que se mostram como salvadores e entidades iluminadas, mas são demônios). Apesar de que há a possibilidade de que Deus criou vidas em outros planetas e que eles não interferem aqui, o fato de esse livro mostrar uma interferência, ainda que, para pessoas tidas como “especiais”, é algo pra se tomar cautela. 3 Há as três senhoras que são tidas como bruxas, mas depois dão a entender que são estrelas que abriram mão de serem estrelas para serem guardiãs. Meu Deus! Entretanto, a forma que se apresentam é mesmo idêntica a de bruxas que usam chapéus e guarda chuvas pra se locomoverem (vide filmes “a caixa”, “agentes do destino” e “a convenção das bruxas”). Eu quase fui envenenada por uma no meio da rua, apenas alguns meses depois que li o livro. Um dos personagens até explica que elas não são bruxas, mas se aparentam como tal pra confundir... Isso até pode ser verdade: o usar as armas dos inimigos contra eles mesmos e tals... Mas essa história de terem sido estrelas é no mínimo bizarra, apesar de não ser exatamente herética. Enfim, é um livro curioso, intrigante e envolvente, mas que pode ser perigoso... Apesar de que tudo o que aparece de estranho, pode sim, ter explicação. Outra interpretação possível é a de que eles não acessaram outros planetas, mas o mundo espiritual, uma espécie de projeção de como os demônios manipulam a sociedade. Isso também poderia fazer algum sentido, mas nesse caso, talvez nem a autora do livro entendeu o significado. O problema é que, para aqueles que não têm discernimento isso pode se tornar uma armadilha mortal. Eu não tenho como julgar as intenções da autora, mas eu posso, sim, julgar o conteúdo. E é isso que pretendi fazer nessa análise. Apesar de ser um livro extremamente agradável de ler, eu não recomendaria a todos porque poderia confundir a mente de alguns. Entretanto, um ponto interessante a se considerar é que o livro sofre intensa perseguição pelas inúmeras citações bíblicas literais ou “muito na cara”. Se o inimigo não gosta, é porque realmente deve ser bom. Pesquisando, soube até que foi feita uma versão em filme, mas tiraram as citações bíblicas. No final do livro, há um discurso da autora que acho que vale o livro todo. Esse sim, pude concordar totalmente. Ela explica que os mitos em geral, onde foram baseadas muitas das obras para crianças, partilham da linguagem universal o que torna os pequeninos mais próximos de Deus do que muitos adultos e que é por isso que precisamos nos tornar como eles. Existe um livro que tenho, mas ainda não li que se chama “O fator Melquisedeque”. Ele mostra como Deus se revelou em todas as culturas ao longo dos milênios. Recentemente, soube também do Evangelho das estrelas, mas só existem livros publicados em inglês. O máximo que consegui em português foi um resumo feito pelo irmão Delcio Meireles. Tudo isso apenas deixa muito claro que toda narrativa realmente pode nos mostrar a Deus, mesmo tendo sido corrompida de todas as formas pelo inimigo ao longo dos tempos. Autor: David Yonggi Cho lido em 2013 - postado em 2016A quarta dimensão é um reino no qual poucos têm entrado.
Vai além do viver comum e leva a pessoa a um modo de viver ativo – ao mundo da oração respondida, da fé dinâmica e da verdadeira comunhão com Deus. Eu, sinceramente, não me lembro quando e como ouvi falar desse livro, mas tem muito tempo. Só sei que nunca tinha tido vontade de ler porque sempre ouvi falar que é herético ao extremo. Entretanto, eu me lembro de alguns fatos isolados que contribuíram. Algumas conversas, um encontro na igreja, uma pregação que ouvi na internet, um sonho de uma amiga... Por causa disso tudo, resolvi deixar o preconceito de lado e ler. Apesar dos inúmeros problemas, gostei bastante da leitura. Mesmo sendo um livro de ensino, também teve muito testemunho e eu ri demais em algumas partes. Por exemplo: o autor conta que quando começou a pregar sobre incubar e engravidar que o povo entendia de forma literal e ficava caçoando dele. Ele explicou que a quarta dimensão domina as outras três dimensões materiais (linha, plano e cubo) e que o cubo é a representação da geração da vida na terceira dimensão (por isso incubar que é sinônimo de engravidar). Falou também que os sonhos e visões são a linguagem da quarta dimensão. Só devemos ter muito cuidado porque testemunho pessoal não pode virar doutrina em hipótese alguma. Ele teve essa direção e a seguiu, mas não podemos nunca imitar isso. Eu entendi o porquê muitos criticam esse livro dizendo que ele promove heresias de que o subconsciente é um deus e que podemos criar tudo pela visualização. Na verdade, ele não diz exatamente isso. O autor deixa bem claro que o povo da nova era e auto ajuda desenvolve isso de forma humana ou satânica, mas que não é igual e não trás crescimento espiritual porque sem Jesus não há salvação. Ele explica também mais claramente ainda que é preciso ter a palavra rhema (direção e propósito específico de Deus) e não apenas logos (conhecimento e vontade) porque, diante da vontade de Deus, a nossa não vale nada e nunca pode ser priorizada. Outra diferença entre o que é de Deus e o que é do diabo é que as coisas de Deus são pra todos e o nível do crescimento espiritual depende da nossa vontade em nos submeter a Deus. Ou seja, cresce quem diminuí a si mesmo pra que Ele possa crescer. Já o que é do diabo é apenas pra alguns “escolhidos” e a pessoa cresce pelo esforço próprio. Apenas nesse ano (2016), aprendi que isso se chama gnosticismo, mas já tinha entendido mais ou menos as diferenças entre o que é de Deus e do inimigo. Mesmo assim, precisamos tomar bastante cuidado porque quando o autor explica como conseguiu o modelo astronômico de crescimento da igreja que pastoreia realmente é ensino de nova era e visualização criativa. A explicação mais equilibrada que encontrei sobre isso está no livro “A história não contada do século XX” que li nesse ano (2016). Resumindo: Deus pode abençoar algumas coisas feitas em uma mistura de formas certas e erradas por ignorância. Antes de se converter, o autor leu livros de autores de nova era que ensinam essas técnicas e, como não sabia que eram erradas, resolveu usar também. Entretanto, juntamente com isso, orava e jejuava muito, além de vigiar constantemente contra o pecado, o que realmente é o modelo correto e bíblico. Isso explica também o porquê vários tentarem imitar esse modelo de crescimento da igreja e não ter dado certo: sem oração, jejum e vigilância (que é o que realmente havia de bíblico) estava fadado ao fracasso total. Outro ensinamento importante é que o que impede Deus de se manifestar nas nossas vidas é o ódio, inferioridade, medo e culpa. Isso é totalmente verdade porque o Espírito Santo não está nessas coisas e, por isso, quem as cultiva não pode crescer espiritualmente. Enfim... Ensinamentos bons misturados com testemunhos que nunca podemos imitar. Como diz Paulo: devemos examinar tudo e reter o que é bom. autora: Rebecca Steadlido em 2013 - postado em 2016A jovem Miranda Sinclair precisa desvendar um enigma na Nova York do final da década de 1970. Seu melhor amigo é agredido na rua, um estranho pode ter invadido a casa dela e uma série de bilhetes, que ela não compreende nem tampouco sabe quem escreve, alerta sobre a morte de alguém. Alguém que ela poderá ajudar a salvar.
À medida que as mensagens chegam, Miranda percebe que quem as escreve sabe de detalhes de sua vida que ninguém deveria saber. E, conforme as peças do quebra-cabeça se encaixam, ela finalmente percebe que a resposta sempre esteve ali, bem em sua frente - mas o tempo é ardiloso: guarda hoje momentos que só amanhã você vai entender. Ouvi falar pela internet e logo me interessei pra comprar, o que não foi muito difícil. Apresenta capítulos curtos, todos iniciados com “Coisas que”, o que torna a leitura fluente e agradável. O que me chamou a atenção para ler é que, desde o início, é mostrado claramente intertextualidade com “uma dobra no tempo” que, apesar de ter lido antes desse, ainda não resenhei aqui. A história é interessante e prende muito a atenção, mas o dito mistério do livro, pra mim, não foi nem um mistério porque desde o início eu saquei. Só não concordo totalmente porque é uma ideia que exclui o livre arbítrio e isso é meio complicado porque, biblicamente, eu não posso aceitar. Também me incomodei bastante com algumas influências ocultistas de nova era e ufologia. Talvez isso explique o porquê muitas escolas públicas adotaram esse livro como material paradidático. Está super correto que Deus tem caminhos misteriosos que somente amanhã (futuro) podemos entender, mas isso vale mais para pessoas convertidas e que seguem o propósito de Deus pra vida delas. Os personagens do livro não parecem ser convertidos e a autora também não. Além disso, estão deixando a infância, o que mostra que começam a ter consciência do mal e ela não está sendo inclinada para o lado de Deus, mas do mundo. Eu sei que, mesmo entre as pessoas do mundo, Deus faz o melhor por todos o tempo todo pra levar a pessoa a salvação e/ou santificação/amadurecimento. Só que, definitivamente, não é o que esse livro mostra. A noção parece ser mais do destino pagão e gnóstico mesmo e, algumas vezes, chega a ser meio sombria e desanimadora. |
AutoraÁlefe Histórico
Novembro 2021
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